terça-feira, 4 de dezembro de 2012

E agora, Aécio?


Aécio sabe como poucos jogar no tempo certo. Foi assim, dando passos corretos nos momentos oportunos  que ele derrotou o PT em 2010 com Anastasia, e agora repetiu a dose com Marcio, em 2012. Duas vitórias incontestáveis, em 1º turno, com a presença de Lula e Dilma apoiando os adversários em solo mineiro.

A arrancada é algo fundamental em qualquer campanha eleitoral. Lançar nome sem antes construir uma nova agenda e um plano de governo para o país é colocar candidato para ficar dando voltas em círculos. Aécio é sábio demais para cometer um equívoco destes, mas já cometeram para ele.

São nessas horas que Sergio Mota faz mais falta aos tucanos. Eleição presidencial não é para amadores. Aquele sim era um profissional de mão cheia. Com Serjão presente, o PSDB não teria errado tanto como errou em algumas disputas importantes perdidas de dois anos para cá.

Quem conhece o senador um pouquinho sabe que ele gostaria de ter conversado com caciques importantes do tucanato como, por exemplo, o governador Alckmin, antes de colocarem seu nome na disputa. Aécio é um exímio articulador, faz política escutando e dando voz a todos, nunca toma decisões unilaterais. Herdou estas qualidades do avô.

O PSDB precisa recuperar o discurso social-democrata, recuperar seu espaço na centro-esquerda que foi ocupado pelo PT.  Com ocupação de seu espaço pelos petistas, os tucanos distanciaram-se de seus eleitores com um discurso conservador que não lhes cabe.  Aécio vai por este caminho. A criação do núcleo PSDB Sindical é sinal de reaproximação com sindicatos.

Se a oposição quiser reconquistar a presidência terá que dar o comando das articulações a Aécio, pois ninguém melhor do que ele sabe como e onde pode chegar. Cada um sabe o alcance que tem, não é mesmo?  Por isso, inclusive, é fundamental que ele assuma a presidência do partido em 2013.

E agora, Aécio?


Agora Aécio vai cumprir sua missão: derrotar o PT. Anotem. 

João Paulo M.