domingo, 7 de abril de 2013

Tucanos de alta plumagem não se bicam


Tucanos de alta plumagem não se bicam, faz parte da personalidade da maioria deles. Fernando Henrique Cardoso e Aécio Neves não vão conseguir unir o partido de cima para baixo. A união tucana só será possível a partir de um movimento de baixo para cima, partindo da militância que coloca os interesses do país  acima dos egos dos bicudos emplumados.

O PSDB tem no Paraná dois de seus melhores quadros, o governador Beto Richa e o senador Álvaro Dias. Passaram a se tratar como inimigos mortais desde que Beto venceu Álvaro na convenção estadual. Dias não apoiou a reeleição de Richa. Richa deve apoiar o presidente da ALEP ao senado, ameaçando deixar o rival e ex-líder tucano no senado sem legenda em 2014.

Em São Paulo parece que José Serra e Geraldo Alckmin acertaram os ponteiros e deixaram os desentendimentos do passado para trás. É o que parece. Porém, a recíproca não é verdadeira em suas militâncias. Alckimistas e serristas não se suportam, mais que isso, se odeiam. As feridas do apoio de Serra a Kassab contra Alckmin em 2008 ainda estão abertas na pele dos apoiadores de Geraldo. Mas na hora H a militância do PSDB de São Paulo vota unida contra o PT, portanto são confiáveis. 

Em Minas a situação é diferente. A liderança de Aécio é tão forte e legítima que o PSDB além de caminhar unido aglutina grande parte da base da Dilma, que não abre mão de caminhar com o neto de Tancredo Neves nas disputas estaduais. E grande parcela desta base apoiará Aécio contra Dilma, caso ele seja confirmado como candidato a presidente.

Mas Aécio não vai conseguir unir o PSDB de outros estados. Uma das missões mais importantes que ele terá na presidência do PSDB será percorrer as bases e incendiar a militância tucana do Oiapoque ao Chuí. Só assim o partido terá chances reais de vencer o PT em 2014, seja Aécio, Alckmin, Álvaro, Beto Richa ou até José Serra o candidato.

João Paulo M.

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