Marcelo Oliveira chegou desacreditado por sua identificação
com o time de Vespasiano. Sua contratação foi questionada e combatida antes
mesmo de ter seu nome confirmado pela diretoria do Cruzeiro. Encarou o desafio,
indicou reforços, trabalhou calado e apresentou seu cartão de visitas no clássico
de reabertura do Mineirão.
Perdeu peças importantes como Victorino, Henrique,
Martinuccio, Diego Souza e Borges para a estréia do Ruralito justamente contra
o maior rival. Uma derrota poderia gerar uma rejeição quase que irreversível na
torcida mais exigente do Brasil.
Experiente em clássicos e profundo conhecedor do futebol
mineiro, Marcelo adotou o esquema 4-5-1 com variável para 4-4-2, o mesmo que o
levou a duas decisões na Copa do Brasil comandando um elenco bem inferior ao
que tem em mãos na Toca da Raposa. Vamos ao jogo.
1º Tempo: Nó tático
Marcelo Oliveira deu um show tático. Entrou com dois
volantes de contenção (Nilton e Leandro Guerreiro) e três armadores (Everton, Ricardo
Goulart e Everton Ribeiro). Congestionou o meio campo e anulou a principal peça
do adversário matando o mau pela raiz. O domínio celeste foi absoluto no setor.
E Ronaldinho Gaúcho se limitou a firulas improdutivas e inconseqüentes nos
primeiros 45 minutos.
Mesmo sem aprovação da maioria da torcida, Marcelo bancou
Anselmo Ramon no ataque deixando Vinicius Araújo como opção no banco. Apostou
na força física do atacante para derrubar as gigantescas Torres Ingênuas de
Vespasiano. Acertou. Anselmo foi um leão em campo, atropelou a defesa adversária
e foi o autor oculto do primeiro gol do novo e mais bonito estádio do Brasil.
2º Tempo: O bote fatal
Desesperado e surpreso com o entrosamento e com a velocidade
do Cruzeiro, Cuca trocou os dois volantes de uma só vez no intervalo. Voltou
com Gilberto Silva na função de terceiro zagueiro trocando o 4-4-2 sem ritmo
por um 3-5-2 mal treinado. A modificação tática visava liberar os alas, uma vez
que o meio campo já tinha dono definido.
Marcelo percebeu a jogada e deu o bote fatal colocando
Alisson e Dagoberto nos lugares de Éverton e Ricardo Goulart. Desta forma brecou
as subidas de Marcos Rocha e Junior César e encurralou a saída de bola do
adversário ampliando ainda mais o diâmetro da enorme cratera que separou o meio
campo do ataque alvinegro na primeira metade da partida. Uma verdadeira tacada
de mestre.
Marcelo Oliveira, Marcelo Oliveira, Marcelo Oliveira. O
grande vitorioso do clássico chama-se
Marcelo Oliveira.
João Paulo M.
Ainda em tempo: Não citei expulsão de Leandro Guerreiro pq
nem pareceu que o Cruzeiro jogou com um a menos no 2º Tempo.
Enfim, depois de Tostão, surge em Minas mais um comentarista esportivo que se pode ler sem se irritar com as mesmices mal escritas que permeiam os textos dos profissionais da área.
ResponderExcluirUma observação: como cruzeirenses, penso que devemos pedir a saída do Tinga desde já. Ele não é jogador para nenhuma das equipes que estão disputando o "Rural".
To rindo tanto da primeira parte q nem consigo comentar a segunda. rs!
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